Unidade de Persistência
A unidade de persistência é utilizada para configurar as informações referentes ao provedor do JPA (implementação da especificação JPA) e ao banco de dados, também podemos identificar as classes que serão mapeadas como entidades do banco de dados.
Para definir a unidade de persistência utilizamos um arquivo XML chamado persistence.xml que deve ser criado dentro da pasta META-INF do projeto, através deste arquivo podemos definir quantas unidades de persistência for necessárias para o projeto.
Exemplo de unidade de persistência mapeado para um banco de dados MySQL:
Neste arquivo persistence.xml utilizamos a tag <persistence-unit> para definir uma unidade de persistência, onde podemos informar através da propriedade name qual seu nome (utilizado quando criamos um EntityManager através de um EntityManagerFactory ou quando utilizamos injeção de dependência através da anotação javax.persistence.PersistenceContext quando estamos no contexto Java EE) e através da propriedade transaction-type qual seu tipo de transação (RESOURCE_LOCAL ou JTA). Se a aplicação é Java SE utilizamos o tipo de transação RESOURCE_LOCAL onde programaticamente criamos as transações com o banco de dados ou utilizamos JTA quando acessamos um pool de conexões em um servidor web.
Dentro de uma unidade de persistência podemos utilizar a tag <provider> para informar qual a API irá fornecer uma implementação do JPA.
Quando estamos utilizando uma aplicação Java SE precisamos informar quais as classes são entidades do banco de dados através da tag <class> e também precisamos informar quais as propriedades necessárias para encontrar o banco de dados através da tag <properties>.
Quando trabalhamos com aplicações Java EE podemos criar um pool de conexões com o banco de dados no servidor web, neste caso é aconselhado utilizar o tipo de transação JTA (Java Transaction API) que é fornecida pelo container EJB. Também utilizamos a tag <jta-data-source> para informar a fonte do pool de conexões (nome JNDI), exemplo de persistence.xml para aplicações Java EE:
##Criando uma unidade de persistência no NetBeans
O NetBeans fornece uma forma mais simples (next, next, finish) de criação da unidade de persistência.
Clique com o botão direito no projeto e selecione a opção Novo → Outro…, na tela de Novo arquivo selecione a categoria Persistence e o tipo de arquivo Unidade de Persistência.
Clique em Próximo > para definirmos as propriedades do banco de dados. Na tela de Provedor e banco de dados digite um nome para a unidade de persistência, escolha qual a biblioteca de persistência, defina a conexão com o banco de dados e qual a estratégia para geração de tabelas conforme abaixo:
- O nome da unidade de persistência é utilizado quando criamos um EntityManager através deste nome o EntityManager encontra as configurações do banco de dados.
- A biblioteca de persistência é a implementação do JPA utilizada para acessar o banco de dados (existem diversas implementações), neste exemplo estamos utilizando o framework Hibernate.
Para utilizarmos o Hibernate precisamos adicionar suas bibliotecas dentro do projeto, para fazer isso clique com o botão direito no projeto e selecione a opção Propriedades, nesta tela selecione a categoria Bibliotecas, após isso clique no botão Adicionar biblioteca…, adicione as bibliotecas Hibernate JPA e MySQL JDBC Driver (estamos adicionando o driver do MySQL, pois estamos utilizando ele como base de dados, caso você venha a utilizar outro banco de dados então adicione as bibliotecas especificas do banco de dados escolhido).
- Conexão com o banco de dados é uma URL que podemos utilizar para encontrar qual o banco de dados iremos utilizar, caso não aparece o banco de dados que vamos utilizar nesta caixa de seleção então podemos utilizar o item Nova conexão com banco de dados… (que esta dentro dessa caixa de seleção) para criar uma nova conexão, nesta conexão podemos escolher o driver do banco de dados, definir o host (IP), porta, nome da base de dados, usuário e senha da conexão.
Quando desenvolvemos uma aplicação web onde utilizamos um pool de conexões que pode ser criado pelo próprio servidor web, ao invés de definirmos a Conexão com o banco de dados precisamos definir a Fonte de dados (que é nosso pool de conexão criado no servidor web, veja material sobre como criar um pool de conexão no servidor web Glassfish).
Estratégia de geração de tabelas permite:
- Criar - o JPA cria a estrutura de tabelas no banco de dados.
- Apagar e criar - o JPA apaga a estrutura existente e cria uma estrutura nova das tabelas do banco de dados.
- Nenhum - Criamos manualmente as tabelas do banco de dados.
Depois de criado a unidade de persistência teremos a seguinte tela mostrando as configurações que realizamos, note que está é uma versão visual do arquivo persistence.xml.
Este é o arquivo persistence.xml que foi criado dentro da pasta META-INF do projeto:
Depois de criado o arquivo persistence.xml podemos definir quais as classes serão entidades do banco de dados através da tag <class> dentro da tag <persistence-unit> (obrigatório no ambiente Java SE), exemplo:
Unidade de persistência com Oracle
Quando queremos trocar o banco de dados utilizado pela aplicação, podemos fazé-lo de forma simples quando utilizamos o JPA, no exemplo anterior criamos a conexão com o MySQL se precisamos alterá-lo para Oracle, então devemos mudar o driver e as propriedades do persistence.xml:
Adicione o driver do Oracle ojdbc7.jar dentro do projeto (Propriedades → Bibliotecas → Adicionar JAR/Pasta → Encontre o arquivo ojdbc7.jar).
Altere as propriedades referentes ao banco de dados, como usuário, senha, nome do driver do Oracle e URL de conexão:
Conteúdos relacionados
- Alguns exercícios para você praticar com JPA
- Exemplo de CRUD com JPA
- Criando entidades com JPA
- Criando consultas com JPA